terça-feira, 30 de novembro de 2010

PEIXE BOM OU PEIXE RUIM? MATEUS 13:47-50

Mateus 13:47-50 "O Reino dos Céus é semelhante ainda a uma rede, que jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. Assim, será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos e os arrojarão na fornalha onde haverá choro e ranger de dentes.”

A parábola da rede lançada ao mar é uma alusão ao avanço do Reino de Deus, através da pregação do evangelho. Há bastante semelhança com a explicação da parábola do trigo e do joio. Jesus sabia que esta mensagem alcançaria as pessoas da mesma forma que uma rede pega peixes ao mar, ou seja, todos ouvem a Palavra de Deus, mas cada um interpreta a sua maneira e vive de acordo com as suas regras interpretativas. Umas se importam se Deus estará aprovando aquele comportamento; outra nem tanto.
Só lembrando que a cruz é o anzol, Cristo é a isca usada por Deus e a rede é a Igreja.
Pescar homens é evangelizar, é apresentar Jesus Cristo como o seu Salvador, seu Senhor e seu único Deus. 
Lembre-se que a rede recolhe toda qualidade de peixes, inclusive lixo. Não ache que porque você ou determinadas pessoas estão na igreja é porque já tem a salvação, porque este é um pensamento errado. Há várias pessoas na igreja que estão apodrecidas, buscando justamente transformação e restauração da personalidade e em sua alma.
O próprio pescador na praia fará a separação entre peixes bons e maus, entre peixes que prestarão e os que já vieram mortos e apodrecidos. Segundo as palavras de Cristo, na consumação dos tempos, chegará o momento em que os anjos separarão os maus dentre os justos.
Outro ponto que gostaria de refletir junto é: por que os pescadores consertam e limpam suas redes após cada pesca?? Não é por acaso que Jesus encontrou o apóstolo Pedro consertando e lavando as redes. Na Igreja, consertar e lavar as redes é fazer comunidade harmoniosa. Fazer as redes do amor e do compromisso é fazer Igreja, no sentido de comunhão e participação. Rede suja não pesca peixe! A rede da Igreja necessita ficar sempre limpa para pegar peixes. As magoas dos nossos relacionamentos, guardadas no coração, geram contra-testemunho ao amor e enfraquecem os nossos vínculos
Bem, mas a pergunta necessária é: quem somos nós? Somos bons ou justos? Seremos "peixes" bons ou maus? Seremos úteis ao Reino do Céu ou dispensáveis?
Creio que se estivermos buscado a Jesus com coração sincero e procurado servi-lO com alegria, então, somos um bom "peixe". Agora, se nossa vida se resume simplesmente em somente aproveitar o que ela pode nos oferecer de bom e agradável, é necessário rever essa postura diante de Cristo.
O nosso futuro está sendo traçado nos passos que estamos dando agora, ou seja, o que acontecerá naquele dia do juízo final, depende do que estamos fazendo ou deixando de fazer neste instante e nos instantes seguintes da nossa vida. Será muito bom para a nossa alma se fizermos parte daqueles considerados bons. Por isso vamos fazer o possível e o impossível para não sermos jogados fora, porque “assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos”.
No reino de Deus, como diz Jesus, as coisas velhas se confundem com as novas e só um perito espiritual poderá nos ajudar a fazer o discernimento. Dentro de nós há o velho e o novo, o bom e o ruim. A “cirurgia plástica” da nossa alma só quem pode realizar é o Espírito Santo. Deus sendo o Oleiro é quem poderá nos ajudar, pelo poder do Seu Espírito, a nos lavar de tudo que é inútil e que esteja apodrecendo dentro de nós. Só Ele tem o poder de fazer valer em nós, os sentimentos que vêm do Seu coração e nos trazem a felicidade e o amor. Por isso, o Reino de Deus requer de nós paciência a fim de que, gradualmente, possamos deixar com que o Senhor nos transforme no modelo que Ele projetou para nós.
Então volto a refletir: Quem somos nós? "Peixes" bons ou maus? Temos buscado o auxílio de Deus para nossas dificuldades? Percebemos as coisas boas e más que estão dentro do nosso coração? Achamos que Deus tem poder para nos transformar num vaso novo?

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