Vou falar aqui do Cristo desconhecido, ou melhor, do Deus ignorado, devido à mortal inveja que não apenas leva a muitos a negá-lo ou, pior ainda, a não reconhecê-lo como Ele é realmente.
Eu quero falar do Cristo verdadeiro, o Senhor da Terra, dos planetas e estrelas, o dono e criador de tudo que existe, aquele que não tem mancha alguma de erro ou dolo. Quero falar daquele Ser que, por ser tão imenso, generoso e bom, veio à Terra para mostrar que vivemos em um único reino, que é o seu.
A mensagem de maior otimismo, que a humanidade recebeu, foi a de Cristo. É incrível como Ele venceu, com a maior facilidade, tudo aquilo que mais angustia o ser humano, como por exemplo, os erros que cometemos; a superação da morte, com a ressurreição; a enorme comunhão universal entre todos os seres humanos; mas, principalmente, demonstrou o amor de Deus, considerando-nos seus filhos e herdeiros (donos, com Ele) de todo o bem, das coisas existentes e da própria vida - essa de afeto, esse infinito ser que nossos olhos jamais alcançam todo o tamanho, nossos ouvidos não conseguem atingir toda a sua música; nosso olfato, todo o seu perfume; nosso tato e paladar, todo o gozo que nos reserva. O interessante é que Ele faz isso porque gosta de nós, colocando tudo aí, à disposição; é só aceitá-lo.
Tudo o que Cristo mostrou e fez constitui a mensagem de maior esperança e alegria, que jamais outra pessoa realizou. Em todo lugar que ia procurava sanar as doenças, perdoar os erros e mostrar a beleza do reino dos céus; Ele nunca condenou quem quer que seja; pelo contrário, irritava-se com a conduta dos hipócritas, que perturbava a vida dos seus semelhantes; seu trabalho principal foi o de esclarecer que Deus é bom, e queria a todos os seres humanos como filhos - e o principal motivo de sua existência aqui era o de levar a humanidade para o bem-estar e felicidade; que a existência era o maior de todos os dons - e Deus agia, exatamente, como um Pai que tem prazer em colocar todos os bens, nas mãos dos filhos.
Deus é o ser mais alegre que existe - basta ver o murmúrio do mar; o assopro do vento entre as árvores; o voo descontraído dos pássaros; o sol rodando iluminado; o perfume dos bosques; as nuvens correndo felizes, pelo céu; e, principalmente, essa incrível criação, que se levanta quase sem limite, prenunciando uma outra, dentro da qual não haverá qualquer restrição.
Devemos prestar atenção ao fato que Deus não sente por nós o que sentimos por Ele, isto é, temos um amor limitado e parcial. Ele o tem ilimitado e inteiramente livre. Fazemos restrição ao que sentimos, Ele não faz, principalmente, ao perdoar os erros e nos aceitar inteiramente, sem qualquer limite. Podemos dizer que Ele é inteiramente desmedido em seu afeto por nós.
Uma pergunta que me ocorre é: O que Cristo ensinou e mostrou está sendo feito?
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