terça-feira, 12 de outubro de 2010

MATEUS 7:6

"Não dêem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão."

Divirjo veementemente das inúmeras pregações com interpretações errôneas das igrejas. Tenho visto incontáveis aberrações!!! Aberrações de entendimento e aberrações de posicionamento de pessoas cultas, inteligentes e com anos de conhecimento do Evangelho do Senhor. Isso me faz ter dó do novo rebanho, dos novos convertidos, que ainda não têm maturidade para discernir a verdade de Cristo das “verdades” pregadas por pastores com infundadas interpretações bíblicas. Quanta hipocrisia e postura falaciosa tenho presenciado dentro das igrejas....É triste e é real!
Jesus disse essas palavras há época porque os sacerdotes, opositores, como os escribas, os fariseus e os saduceus, além dos próprios poderes políticos da época, defrontaram contra Ele, os quais tinham nítido interesse em contemporizar com os costumes.
Não creio que esta passagem deva ser usada hoje contra os que não têm entendimento da Palavra de Deus ou a rejeita por falta de conhecimento ou oportunidade.
Mateus 7:6 jamais se pautou no deixar de evangelizar. Jesus nunca desistiu de pregar. É certo que, quando pessoas claramente mostram desdém pelo evangelho, não devemos continuar insistindo e forçando-as a aceitar a Palavra. Lembrando que Deus nos deu o livre arbítrio e, assim, devemos dar ao próximo. Porém, algumas pessoas, cauterizadas pelo pecado, não conseguem apreciar o grande valor da palavra de Deus. É certo que temos que ter discernimento e reconhecer que algumas pessoas não aceitarão a graça de Deus. Quando isso acontecer, devemos mostrar na Palavra a verdade e não abandonar a pessoa ao juízo. Há outros que aceitarão, e é para estes que Cristo quer que levemos o Evangelho. MAS NÃO DEVEMOS DEIXAR DE TRAZER LUZ AOS QUE VIVEM NA ESCURIDÃO.
Para os judeus, os cães e porcos são considerados impuros. Os próprios judeus jamais tomariam iniciativa de evangelizar os gentios, pois acreditavam que a salvação do Senhor era somente para eles. A ARROGÂNCIA religiosa não vem de hoje. Sempre foi propósito do Senhor alcançar também os gentios, ou seja, a todos.
Sabemos bem que cães e porcos representam os que não valorizam a preciosidade que há na Palavra de Deus, representada "pelas coisas santas" e "pelas "pérolas".
Será mesmo que quem não tem interesse ou não tem oportunidade em ouvir à Palavra de Deus é sempre impuro, a ponto de ser comparado a um porco ou cão?
Se analisarmos a fundo, tanto os cães quanto os porcos engolem o alimento velozmente, praticamente sem mastigar ou saboreá-lo. As pessoas sem discernimento, não percebem o que agrada a Deus, não se submetem à Sua autoridade e não têm prazer em "saborear" a Palavra do Senhor, por pura ignorância ou oportunidade de alguém que a ensine a saborear melhor e de maneira correta. Estas pessoas precisarão sempre de nós, da nossa compreensão para que um dia possam buscar verdadeiramente ao Senhor de todo coração, possam se alimentar de Sua palavra, possam ruminá-la para crescerem e serem úteis ao próximo ("cão" ou "porco") e assim sucessivamente.
É arrogância alimentar só aos que já conhecem a Palavra. É fácil, é cômodo, não requer trabalho, esforço. Quando pregamos aos que já têm, não estamos agregando nada, ajudando em nada. A troca do nada com o pouco engrandece!!! É por meio de nós, que esses "porcos" e "cães" terão a experiência de nascerem de novo e, portanto, serem salvas.
Como dizia Karl Marx: “a religião é o ópio do povo” (e continua sendo). A religião continua afastando muitos do verdadeiro Evangelho e do próprio Cristo.
É preciso usar de cautela com os que ainda não conseguem aceitar a Palavra, não evitando ajudá-los, sempre que for possível.
Jesus recomendou que o Evangelho seja pregado a TODAS as criaturas; entretanto, com semelhante advertência não espera que os seguidores se convertam em demagogos contumazes, e, sim, em mananciais ativos do bem a todos os seres, por meio de ações e ensinamentos.
Não devemos criticar aos que estão nas trevas sem entendimento e rejeitando o evangelho. Não podemos julgar antecipadamente. Jesus alerta contra o hábito de criticar os irmãos. Quando fazemos isso com parentes ou colegas estamos expondo Cristo e a igreja dEle ao vexame. Jesus sempre ajudou os irmãos a terem equilíbrio na questão de julgamento. Ele acabou de alertar contra uma atitude crítica.
Muitas vezes, ainda, o que parece amor não passa de simples capricho, e, em conseqüência dessa leviandade, é que encontramos verdadeiras maltas de cães avançando em coisas santas.
Muitos cristãos se esquecem que somos salvos por misericórdia de Deus e nao por obras das nossas mãos, mas mesmo assim alguns ainda insistem em sua própria “autojustiça”, e ao pensarem assim, consequentemente passam a “matar” o seu irmão que não é tão “santo” quanto ele. Não foi assim que aconteceu na passagem que nos conta a respeito de dois homens que subiram ao Templo para orar? (Lucas 18:9-14). A Nova Versão Internacional assim traduz a parte inicial deste texto: “A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola (…)”
O Fariseu olha para o Publicano e, hipocritamente, rendia graças por ser “tão mais santo” do que aquele que aos seus olhos era um verdadeiro “lixo humano”. Assim acontece nos dias de hoje...muitos têm uma atitude tão áspera para com aqueles que um dia caíram, pecaram ou foram embaraçados pelo pecado.
Desprezam e “matam” mais ainda aqueles que, feridos, foram arrastados para dentro da lama.

“A Igreja é o único Exército que abandona seus feridos em combate.”

Ao invés de lhes estenderem a mão para ajudá-los, muitos preferem lançar-lhes as pedras do seu desprezo, da sua indignação, do seu desamor e da sua falta de compaixão. E é assim que acabam se tornando este provérbio. Você já ouviu isto? Eu já… E pior do que já ter ouvido, pude ter o desprivilégio de sentir na pele este abandono no momento em que necessitava tanto de ajuda, de oração e de carinho das pessoas, algumas destas que diziam todos os domingos após os cultos: “Eu te amo, em Cristo Jesus”. Mas, que amor é este? Um amor superficial, somente da boca para fora, em outras palavras, um amor fingido, um amor temporal.
Quem compreende o valor do Sangue de Cristo, compreenderá o valor de uma alma para Deus! (e vice-versa). Ele  ama a cada um de tal forma, que nem mesmo o amor de mãe pode ser comparado ao amor d’Ele por nós.
Conhecemos as pessoas por aquilo que realmente as move! Cristo move minha vida, então tenho que falar de Cristo a TODA criatura INDISCRIMINADAMENTE, seja conhecedora, incrédula ou ignorante.

“A letra mata e o Espírito vivifica”.

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