Quando começa a inveja? Quando nós, que nos consideramos muito “excelentes”, “superiores”, começamos a nos comparar com outra pessoa. “Por que ele tem isso e eu não tenho?”. “Por que ele faz isso e eu não faço?”. É aí que tudo tem início!!
Nós nos comparamos com qualidades naturais do outro (beleza, altura, cor dos olhos, cor dos cabelos etc.), com suas qualidades intelectuais, com seus bens materiais, espirituais e por aí afora.
As comparações são inevitáveis e, penso que, saudáveis para se medir o quanto fazemos e como fazemos as coisas. Isso é admirar o sucesso alheio. Acontece quando visualizamos as coisas boas dos outros e procuramos imitar. Imitar o que é bom e o que deu certo não é invejar. Tudo isso é muito saudável porque não constitui fonte do sentimento monstruoso da inveja ruim.
O mal, na nossa vida, está no desenvolvimento da inveja “ruim”, que nos faz sofrer, odiar, amaldiçoar, praguejar, blasfemar, injuriar, difamar e caluniar. Admirar o sucesso alheio, a capacidade intelectual do outro, seus bens, não é um sentimento nefasto. Isso é típico de quem tem bom coração. Aliás, admirar e enaltecer com sinceridade o bom trabalho e as conquistas alheias faz muito bem para a prevenção da inveja. É aconselhável que isso aconteça sempre.
O invejoso, com frequência, não sabe valorar bem as coisas. Ele supervaloriza os bens alheios muitas vezes sem nenhum senso crítico, visto que esses mesmos bens podem ter valor ínfimo para ele (ou não servir de nada para ele). Há um ditado popular que diz: “A galinha do vizinho é sempre mais gorda”.
A cabeça do invejoso é repleta de confusão. Ele só consegue ver os bens alheios (porque é dessa forma que ele se tortura diariamente), mas não atina racionalmente para o quanto isso custou para o invejado. O invejoso não calcula o quanto foi difícil para o invejado chegar onde chegou, ter o que tem. O invejoso crê, desde a torre de marfim da sua excelência, que necessita de todos os bens e qualidades que o invejado tem. O mais dramático no tormento diário do invejoso é o quanto ele não percebe que pode ser feliz (muito feliz) com o que tem. Ou que pode conseguir, com esforço próprio, ter tudo (ou quase tudo) que os outros têm. O invejoso, em razão da sua patologia, tanto supervalora os bens alheios como infravalora os próprios. E aí vai se perdendo a cada dia.
Portanto, guarde o seu olhos, sua mente e o seu coração!!!
"O coração tranqüilo é a vida da carne; a inveja, porém, é a podridão dos ossos".
(Provérbios 14:30)
"Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros. (Gálatas 5:26)
"Pois a dor destrói o louco, e a inveja mata o tolo".
(Jó 5:2)
"Não tenhas inveja dos homens malignos; nem desejes estar com eles;" (Provérbios 24:1)
"Também vi eu que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja que o homem tem do seu "próximo. Também isso é e vaidade e desejo vão".
(Eclesiastes 4:4)
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